Por potencializar traços que me fogem
Descobria a estranha sensação arte
Poder manchar de grafite uma
Superfície lisa e infinita
Vontade de rasgar o branco
De tanto ímpeto ao tocá-lo
Quebrar o molde que me cabe
Ousar de vida aquilo ausente
Sinto-me cheinho em iminência
De partir-me tamanha euforia
Voltar a caminhar pelas plagas
Da minha serena / terrível vida.
Fortaleza, 27 de maio de 2009.
***
Finalizar a leitura de um livro e sentir-se como que insuportavelmente cheio, transbordante. Sim, essa foi a minha sensação ao ler a última linha de 'O lobo da estepe', Herman Hesse. Os riscos cá em cima, são rebentos da sensação ora sentida.
3 comentários:
Ah, menino! me afino mais contigo do que eu possa imaginar! esse é de fato o livro da minha vida, herença de meu pai (que possivelmente nunca o tenha lido), pela terceira vez termino esse livro. São as sensações de concluí-lo que me fazem a ele retornar de tempos em tempos.
caminhei por tua letras, textos curtos, outros nem tanto, imagens, notas, cores, sensações, desejos...
já imagava que seria um prazer te ler, só não esperava me encontrar em tuas palavras!
Samara
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