segunda-feira, 29 de março de 2010
Tu tens
Tens, tu, a arte
De encantar
Pela vontade
Tens, tu, o olhar
Adiante do
Possível
Tens, tu, as cores
A escorrer
Pelo corpo
Tens, tu, a fala
De quem narra
Literaturas
Tens, tu, a singularidade
Do improviso
Tens, tu, alguém
Que te ama
A criar.
***
Clima meio chuvoso. O microfone era monopólio do som instituído, mas transgressor. Um burburinho ininteligível dos finais. Dizer, dizer-te, na chuva, no burburinho o que tens aos quatro ventos. Noite iminência na vibração das cordas vocais arte: cinco de dezembro de dois mil e nove.
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5 comentários:
o que não tens?
cria-se...
migrei para cá e vou voltar a exercitar as minhas tentativas poéticas, seguindo de olho nas tuas entrelinhas querido amigo
um cheiro num banho de chuva
=*
tens, tu, a leveza da sensibilidade!
Dá para sentir as cores com que pintastes este poema...delicioso
Krys Fritsch
E que sorte a nossa: ter-te!
Ter-te como ser criador e transformador; que mestre da alquimia, transforma palavras em poesia; vida em emoção, dia-após-dia!
Um beijo com saudades, Diego!
Fiquei feliz em tê-lo outra vez no Canto. Quanto à minha ode à mãe África, é um canto de saudade, desde que lá estive (ano passado), nunca mais a esqueci, só quem foi à África sabe minimamente a força que ela tem!
Amigo, irmão.
Toda vez que te leio me vem a vontade de criar freneticamente.
Precisamos disso, dia após dia.
Continuemos a pegar o fôlego nessas palavras intensas que brotam com força. Apareça mais por aqui, para sempre reconstruírmos esse ciclo de afetações.
Abraços.
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