terça-feira, 17 de agosto de 2010
Sob o mar.
Olhar em busca de algo que caiba na íris dilatada instante indefinido.
É desejo situar-se no porto seguro de águas mansas e superfície obscura, sem relatos dos náufragos que afundaram algum momento e trouxe consigo um punhado de sólido do líquido que o engolia no escuro:
mão rubra arranhada pelo atrito com o escuro.
Resta tatear o mar de lágrimas em busca daquele refresco entre os dedos de quem nada, nada, nada... no nada.
***
Delacroix, não sei o nome, não sei o tempo, o é pois ouvi ecos do nome em francês por esses dias. A força de Iemanjá que por esses dias também me tomou no balanço da catraia, sob o mar do mucuripe, as oferendas de uma vida mística e também imanente. Encontrei o papel desse texto, na gaveta-buraco também por esses dias. Escrito a mão em um papel datado de 2008, apertado pelo pequeníssimo espaço que tentava cabê-lo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário